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Padrões estéticos: redes sociais e os transtornos alimentares 

Em era de blogueiras e musas fitness os transtornos alimentares se tornaram o grande vilão. 
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Por Luana Ribeiro e Juliana Moreira
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Quem nunca quis mudar algo em seu corpo? Diminuir, aumentar, tirar, colocar. Isso é normal até o momento em que essas mudanças não são feitas pelo seu amor próprio e sim pelos padrões que as mídias sociais afirmam que é o correto. Os chamados padrões estéticos criados pela indústria midiática e de consumo fazem milhões de pessoas-principalmente- meninas acreditarem que devem fazer de tudo para conquistarem o corpo perfeito. Isso tem afetado a vida e a mente de muitas mulheres e meninas e evoluído para casos de saúde pública, em que os transtornos alimentares como: anorexia, bulimia e compulsão alimentar é o grande aliado da busca pelo corpo perfeito.


 As mulheres são mais vulneráveis aos padrões devido a uma cultura que não começou agora e segue ditando comportamentos. Para a nutricionista Thaynara, especialista em comportamento alimentar, o corpo feminino sempre foi de domínio público e a sociedade tende a ser mais exigente com a mulher. Ela conta ainda que vivemos na era industrial em que padrões de consumo são estabelecidos. "Tratamos o corpo como uma máquina de queimar gordura e produzir músculos, estamos padronizando sobrancelhas e lábios a fim de ficar cada vez mais enquadrado no que a sociedade considera como belo", argumenta. 


Cada vez mais as redes sociais estão participando dessa busca pelo corpo perfeito. É nas redes, que muitas mulheres espelham suas vidas e corpos e quando não conseguem atingir o corpo idealizado como o correto, se frustram e acabam doentes. "A insatisfação corporal associado ao desejo de consumo é capaz de gerar comportamentos de privação, de purgação e/ou de compulsão tudo em busca pelo corpo perfeito", alerta a nutricionista Thaynara. 


O comportamento de buscar cada vez mais atingir o corpo da mídia tem sido um fator agravante em muitos casos de transtornos alimentares. A psicóloga e coach de emagrecimento Joice Santos, alerta que a rotina e alimentação de uma musa fitness ou de uma modelo de passarela é diferente e tende a ser mais rigorosa porque o corpo se torna o instrumento de trabalho.

 

Quando algumas pessoas não possuem esse entendimento de que cada corpo exige um cuidado diferente os danos podem ser graves. "O indivíduo que não tiver esse entendimento, se sentirá frustrado e emocionalmente abalado ao não alcançar esse padrão e a tendência é experimentar de forma desequilibrada dietas e comportamentos inadequados (como uso de medicamentos desnecessários), gerando assim transtornos alimentares", explica a psicóloga.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A busca recorrente pelos padrões de beleza faz com que os maiores índices de distúrbios alimentares sejam acometidos em mulheres e independente de qual for os distúrbios, eles geram em maior ou menor grau, ansiedade, depressão, dificuldades de relacionamentos interpessoais e interfere diretamente na autoestima.

 

Para a psicóloga Joice Santos uma das formas de prevenir possíveis transtornos é ter uma cultura de alimentação saudável desde a primeira infância. "Seguindo esse ciclo a tendência em não desenvolvermos distúrbios alimentares é grande, pois o indivíduo se torna um adulto que aprendeu desde cedo a se relacionar de forma madura e tranquila com a comida", argumenta.

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